"a nível distrital os árbitros estão cada vez melhor preparados tanto física como teoricamente"
1. Como e porquê decidiste ser árbitro?
Tirei o curso apenas, porque o meu irmão também já era árbitro e na altura “chateou me “ um pouco e como juntava a prática desportiva achei uma boa ideia!
2. Alcançar este primeiro lugar e a respectiva subida que significado teve para ti?
Significa que o trabalho, dedicação, esforço por parte de todos os que trabalharam comigo ano após ano sem dúvida que deu “frutos”.
A título pessoal foi um coroar de um sonho que pensei nunca ser possível sabendo um pouco o que é a arbitragem.
3. A quem queres dedicar esta subida?
Sem qualquer dúvida à minha família, à minha namorada, a todos os árbitros assistentes que trabalharam comigo desde o início da minha carreira, frisando os deste ano, Bruno Alves, António Coimbra e Rui Ventura e aos meus amigos.
4. Quais são/foram as tuas grandes referências na arbitragem?
O meu irmão, Renato Gonçalves e a nível da 1 Categoria o Pedro Proença.
5. Quais os momentos mais marcantes até agora, quer pela positiva, quer pela negativa?
Positivo Subida 3 CAT e agora a 2 CAT
Negativa Não subida à 2 CAT do meu irmão até ao fim desta época e descida de vários amigos ao quadro distrital
6. Muitos dizem que a arbitragem é o parente pobre do futebol/futsal. Concordas?
Claro que concordo, pois por vezes somos nos árbitros que suportamos o futebol dito amador.
Sem falar de haver árbitros a nível distrital a apitarem jogos a 5 e 10€, sem qualquer tipo de acompanhamento e sujeitos a várias injúrias e por vezes ofensas à integridade física.
7. Mudavas alguma coisa no processo de subidas e descidas de árbitros?
Falar nesse processo é falar em muitas injustiças e falta de verdades em algumas situações.
Mudaria o processo de avaliação em vários sectores, o relatório dos observadores para poderem dar mais formação, e consequentemente não definir uma época num jogo, pois por vezes é o que acontece.
Daria a oportunidade aqueles que sobem pela 1ª vez ficar pelo menos duas épocas nessa categoria, isto é, a soma das duas épocas teria que ser positiva, pois a principal dificuldade é a manutenção dos árbitros jovens na 1ª época por falta de adaptação em várias perspectivas.
8. Quais as principais diferenças que esperas encontrar na 2ª Divisão Nacional, quer a nível de organização, preparação, entre outros aspectos?
As maiores diferenças vão ser sem dúvida a nível de um maior ritmo de jogo, e algumas equipas já semi-profissionais.
As exigências vão ser maiores, a pressão também o que vai exigir da parte da minha equipa uma preparação ao pormenor.
9. Como vês o actual estado geral da arbitragem portuguesa, nacional mas sobretudo distrital? (recrutamento, formação, organização/estrutura e qualidade dos árbitros)
De uma forma geral melhorou muito, vemos a nível nacional que os nossos colegas Pedro Proença, Olegário benquerença estiveram em grande destaque a nível internacional, as condições de treino e de organização são cada vez melhores, mas sem dúvida que ainda há algo mais a fazer e a profissionalização é um caminho irreversível.
Quanto a nível distrital, nesse sentido penso que as melhorias têm sido muito lentas, os apoios são extremamente reduzidos, falo principalmente da falta de acompanhamento dos árbitros jovens que leva a uma boa percentagem de quem tira os cursos desistir ao primeiro obstáculo.
Mas mesmo com estas dificuldades a nível distrital os árbitros estão cada vez melhor preparados tanto física como teoricamente.
10. Para ti, qual é o pior erro que um árbitro pode cometer?
Sem dúvida que são os erros que influenciam directamente os resultados dos jogos.
11. Se tivesses que convencer alguém a entrar para a arbitragem, que argumentos usarias?
Falaria das amizades, dos ensinamentos, da oportunidade de fazer carreira a nível desportivo e falava da parte financeira que, com a crise que passamos é sempre uma boa ajuda.
12. Que importância tem a família/amigos para o sucesso na carreira de um árbitro?
Sem dúvida que é um dos maiores alicerces para o sucesso, pois sabemos que dia após dia estão sempre prontos para nos darem uma palavra e o carinho que por vezes necessitamos depois de um jogo que correu menos bem.
13. Voltando a ti, qual é a tua expectativa para a próxima época?.
Espero uma época de novas perspectivas, que novas descobertas, mas sem dúvida uma época com enormes dificuldades a todos sentidos.
14. Quais são os objectivos a curto e médio prazo?
A curto sem dúvida que é a manutenção na 2 Categoria, a médio prazo poder fincar na 2 Categoria sempre com um “pés bem assentos no chão”.
15. Mensagem para os visitantes do site.
Aproveitem as novas ideias no site para poderem trabalhar a parte teórica dos vossos conhecimentos, pois falando por experiência própria quando à imenso trabalho a todos os níveis os objectos concretizam-se de uma forma natural.