À Conversa Com... Paulo Brás

À Conversa Com... Paulo Brás
  "a nível distrital os árbitros estão cada vez melhor preparados tanto física como teoricamente"

 

1.      Como e porquê decidiste ser árbitro?

Tirei o curso apenas, porque o meu irmão também já era árbitro e na altura “chateou me “ um pouco e como juntava a prática desportiva achei uma boa ideia!

2.      Alcançar este primeiro lugar e a respectiva subida que significado teve para ti?

Significa que o trabalho, dedicação, esforço por parte de todos os que trabalharam comigo ano após ano sem dúvida que deu “frutos”.

A título pessoal foi um coroar de um sonho que pensei nunca ser possível sabendo um pouco o que é a arbitragem. 

3.      A quem queres dedicar esta subida?

Sem qualquer dúvida à minha família, à minha namorada, a todos os árbitros assistentes que trabalharam comigo desde o início da minha carreira, frisando os deste ano, Bruno Alves, António Coimbra e Rui Ventura e aos meus amigos.

4.      Quais são/foram as tuas grandes referências na arbitragem?

O meu irmão, Renato Gonçalves e a nível da 1 Categoria o Pedro Proença.

5.      Quais os momentos mais marcantes até agora, quer pela positiva, quer pela negativa?

Positivo Subida 3 CAT e agora a 2 CAT

Negativa Não subida à 2 CAT do meu irmão até ao fim desta época e descida de vários amigos ao quadro distrital

6.      Muitos dizem que a arbitragem é o parente pobre do futebol/futsal. Concordas?

Claro que concordo, pois por vezes somos nos árbitros que suportamos o futebol dito amador.

 Sem falar de haver árbitros a nível distrital a apitarem jogos a 5 e 10€, sem qualquer tipo de acompanhamento e sujeitos a várias injúrias e por vezes ofensas à integridade física.

7.      Mudavas alguma coisa no processo de subidas e descidas de árbitros?

Falar nesse processo é falar em muitas injustiças e falta de verdades em algumas situações.

Mudaria o processo de avaliação em vários sectores, o relatório dos observadores para poderem dar mais formação, e consequentemente não definir uma época num jogo, pois por vezes é o que acontece.

Daria a oportunidade aqueles que sobem pela 1ª vez ficar pelo menos duas épocas nessa categoria, isto é, a soma das duas épocas teria que ser positiva, pois a principal dificuldade é a manutenção dos árbitros jovens na 1ª época por falta de adaptação em várias perspectivas.

 

8.      Quais as principais diferenças que esperas encontrar na 2ª Divisão Nacional, quer a nível de organização, preparação, entre outros aspectos?

As maiores diferenças vão ser sem dúvida a nível de um maior ritmo de jogo, e algumas equipas já semi-profissionais.

As exigências vão ser maiores, a pressão também o que vai exigir da parte da minha equipa uma preparação ao pormenor.

9.      Como vês o actual estado geral da arbitragem portuguesa, nacional mas sobretudo distrital? (recrutamento, formação, organização/estrutura e qualidade dos árbitros)

De uma forma geral melhorou muito, vemos a nível nacional que os nossos colegas Pedro Proença, Olegário benquerença estiveram em grande destaque a nível internacional, as condições de treino e de organização são cada vez melhores, mas sem dúvida que ainda há algo mais a fazer e a profissionalização é um caminho irreversível.

Quanto a nível distrital, nesse sentido penso que as melhorias têm sido muito lentas, os apoios são extremamente reduzidos, falo principalmente da falta de acompanhamento dos árbitros jovens que leva a uma boa percentagem de quem tira os cursos desistir ao primeiro obstáculo.

Mas mesmo com estas dificuldades a nível distrital os árbitros estão cada vez melhor preparados tanto física como teoricamente.

10. Para ti, qual é o pior erro que um árbitro pode cometer?

Sem dúvida que são os erros que influenciam directamente os resultados dos jogos.

11. Se tivesses que convencer alguém a entrar para a arbitragem, que argumentos usarias?

Falaria das amizades, dos ensinamentos, da oportunidade de fazer carreira a nível desportivo e falava da parte financeira que, com a crise que passamos é sempre uma boa ajuda

12. Que importância tem a família/amigos para o sucesso na carreira de um árbitro?

Sem dúvida que é um dos maiores alicerces para o sucesso, pois sabemos que dia após dia estão sempre prontos para nos darem uma palavra e o carinho que por vezes necessitamos depois de um jogo que correu menos bem.

13. Voltando a ti, qual é a tua expectativa para a próxima época?.

Espero uma época de novas perspectivas, que novas descobertas, mas sem dúvida uma época com enormes dificuldades a todos sentidos.  

14. Quais são os objectivos a curto e médio prazo?

A curto sem dúvida que é a manutenção na 2 Categoria, a médio prazo poder fincar na 2 Categoria sempre com um “pés bem assentos no chão”. 

15. Mensagem para os visitantes do site.

Aproveitem as novas ideias no site para poderem trabalhar a parte teórica dos vossos conhecimentos, pois falando por experiência própria quando à imenso trabalho a todos os níveis os objectos concretizam-se de uma forma natural.

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